Este projeto de TCC resultou na nova identidade de marca do Esporte Clube Siderúrgica, tradicional clube da cidade de Minas Gerais e de grande representatividade regional na cidade de Sabará.

Por se tratar de uma equipe que busca se adequar ao modelo de futebol profissional e retomar seus triunfos, a atualização de marca e a padronização de seus elementos visuais ampliam as possibilidades de aplicação e os pontos de contato da marca, proporcionando assim maior identificação com o clube.

A princípio buscou-se conhecer a história do time, a realidade esportiva em que se encontra e, principalmente, sua grande ligação com a cidade de Sabará e seus adeptos. Em seguida, foram levantados referenciais teóricos sobre projetos de identidade visual, identidade de marca e redesign
de marcas esportivas, além de buscar compreender algumas particularidades do design esportivo.
A ideia de realizar este projeto surgiu com a possibilidade de aliar duas paixões: Design e futebol. Cada um possui sua particularidade, mas, para os apaixonados, ambos são capazes de gerar grandes emoções, impressionar olhares, integrar pessoas e, definitivamente, são grandes agentes possibilitadores de transformações sociais.

Modificar algo tão delicado como o escudo de um clube quase centenário, sobretudo ao lidar com o emocional e com a história de tantas pessoas, é um grande desafio. Ao entrar em contato com o vice-presidente do clube Alexandre Sanches e com a diretora de marketing Gabriela Celestino surgiu a possibilidade de criar um projeto que valorize e respeite a tradição do time, mas que também proponha uma estruturação de identidade visual assertiva para os futuros propósitos da equipe.

Por esta razão deve-se considerar que antes de qualquer execução foi extremamente importante realizar um levantamento histórico para conhecer a equipe e para compreender problemas e necessidades, além de também buscar referências de design e marcas esportivas para o projeto.


Em razão de sua fundação estar diretamente ligada à antiga empresa siderúrgica, localizada exatamente em frente do estádio, o clube recebeu em seu escudo o mesmo emblema da companhia Belgo-Mineira. O escudo do clube, e mesmo utilizado pela antiga empresa, consiste em um martelo, uma marreta e um tenaz (ferramenta utilizada para manusear o metal quente).

Em materiais esportivos e acervo na internet é possível encontrar ao menos 5 versões diferentes do escudo. Com tantas versões entre materiais oficiais e informais, existe uma grande confusão, inclusive da comissão técnica, para definir qual escudo é o oficial.

Dentre as variações, algumas apresentam as iniciais “S.C.S”; supostamente consideradas como Sport Clube Siderúrgica. Esta inclusive é a versão aplicada na tradicional ponte do clube, contudo o clube não utilizava a pronúncia “Sport” em seu nome. Outras versões mudam o direcionamento, espessura e tamanho das ferramentas e é mais comum ver a grafia “E.C.S.”.


Esta nova identidade visual se trata de revitalizar e modernizar a identidade visual do Siderúrgica em todos os aspectos, mas, principalmente, respeitando a história do clube e de seu torcedor. O símbolo com as ferramentas, por si só, já é algo muito marcante. Por esta razão optou-se substituir as iniciais e o nome do clube pelo ano de fundação, já que o centenário de um clube é algo muito relevante para o futebol. Considerando que o escudo é um dos pontos de contato mais importantes de um clube, o novo escudo foi redesenhado a partir de um grid, limpando alguns elementos e tornando-o mais equilibrado, com formas mais modernas e não tão geométricas.
​​​​​​​


Com um símbolo forte, o escudo atualizado permaneceu com seu tenaz (objeto usado para manuseio de metais quentes, em honra à história do clube); o martelo e a marreta (objetos usados para forjar o metal, e símbolos de força, resistência e trabalho árduo) e o círculo que envolve os elementos(símbolo de fortaleza e que honra o formato externo do estádio).


Em sua nova forma foi utilizado um tom de azul mas escuro, honrando a cultura “ferrosa” tão simbólica pelo clube. Em seu oposto, o tom de branco utilizado é brilhante e destacado, já que o clube mantém uma cultura de identidade “branca e azul”, sendo oposta ao Cruzeiro Esporte Clube, antigo rival da cidade de Belo Horizonte. Para usos secundários, a cor roxa escura se coloca à disposição em homenagem à cidade de Sabará, que é conhecida pelo grande consumo de jabuticabas.


Ano: 2021
Autores: Lucas Coutinho e Hiago Gomes

Veja também

Back to Top